quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ossos da torneira

Sem se darem conta são os vermes esmagados na sola das minhas botas, a pedirem clemência sem poderem sequer gritar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

OLHOS DE FOGO

Instantes coloridos que passeiam nas margens da insanidade e se transportam em luxúrias esventradas pelo código. Aqui moram as abstracções e o curso bélico do milénio submarino. Para prosseguir as máximas é necessário eclodir as directivas alucinadas do desdém. O vento gritará contentamento nas águas e as nuvens dissolver-se-ão no nevoeiro delirante.



sexta-feira, 10 de abril de 2009

Luzir II

Completa-se a primazia nas vozes mascaradas que emprestam o sol às vitrines do sonho que se embrenha nas margens das letras.É assim que se descobre a luminescência ardente dos pavimentos húmidos.

Luzir

No contínuo redobrar das cortinas embebeda-se o som das luzes,
recupera-se o calor nas imediações do pensamento que se impõe
nas áleas dos jardins que vou contemplando em mim.
Da minha janela entrevejo a serenidade das nuvens e o ócio do céu.